sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Doe Sangue. Doe vida!

Orientações para doadores de sangue: Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.

O doador deve:- trazer documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
- estar bem de saúde;
- ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
- pesar mais de 50 Kg;
- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Impedimentos temporários
- Febre
- Gripe ou resfriado
- Gravidez
- Pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
- Uso de alguns medicamentos
- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis
- Cirurgias e prazos de impedimentos
- Extração dentária: 72 horas
- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação
- Transfusão de sangue: 1 ano
- Tatuagem: 1 ano
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Impedimentos definitivos- Hepatite após os 10 anos de idade
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
- Uso de drogas ilícitas injetáveis
- Malária

Intervalos para doação
- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Cuidados pós-doação- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
- Aumentar a ingestão de líquidos
- Não fumar por cerca de 2 horas
- Evitar bebidas alcoólicas por 12 horas
- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

Doe sangue com responsabilidade
Você sabe o que é janela imunológica? É o período entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite...) e a sua detecção nos exames laboratoriais.
No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.  A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes. Nunca doe sangue se você quiser apenas fazer um exame para Aids. Neste caso, procure um Centro de Testagem Anônima e gratuita.


Informe-se pelo Disque-Saúde: 136 ou pelos Centros de Testagem Anônima.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Carnaval da Prevenção

Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano. Muita gente se programa para viajar e anseia por conhecer novas pessoas em meio a micaretas, bailes e trios elétricos. Porém, nesta época em que muitos desejam se esquecer dos problemas do cotidiano, é importante redobrar a atenção com as doenças sexualmente transmissíveis, para evitar preocupações quando a folia acabar.

Nos últimos quatro levantamentos do governo, o número de casos de HIV tem subido sucessivamente. Em 2009, data do último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 38.538 pessoas foram infectadas, contra 34.614 registradas em 2006. “Não há dados que indiquem um aumento da incidência de DSTs nesse período. Porém, temos observado que o abuso de drogas como o álcool, aliado à ideia de que se deve aproveitar todo o ano nesses quatro ou cinco dias, fazem com que as pessoas se cuidem menos”, explica Caio Westin, técnico em saúde do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids da Secretaria de Saúde de São Paulo.

O principal desafio em relação ao público jovem é fazer com que o conhecimento se transforme em uma mudança de atitude. De acordo com a Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP 2008), 97% das pessoas de 15 a 24 anos sabem que o preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo HIV, mas seu uso na primeira relação sexual é de apenas 61%, caindo para 30,7% em todas as relações com parceiros fixos.

“Apesar de a epidemia de HIV ter praticamente se estabilizado, não se pode achar que a Aids deixou de ser uma doença gravíssima. Ainda que existam remédios capazes de prolongar a vida da pessoa, o tratamento tem um alto custo para o organismo”.

HPV: um grande vilão


Não pense que o HIV é o único vírus causador de doença grave contraída por meio de relações sexuais. O HPV (sigla em inglês para Papiloma Vírus Humano) provoca lesões de pele ou na mucosa na mulher. Na verdade, são mais de duzentas variações, sendo que algumas delas surgem como potenciais causadoras de câncer do cólo do útero. Segundo o estudo Prevalências e Frequências Relativas de Doenças Sexualmente Transmissíveis, feito em populações selecionadas de seis capitais brasileiras, das 2.274 mulheres que procuraram atendimento em clínicas especializadas do governo, 44% eram casos de HPV. Clamídia e a gonorreia, infecções causadas por bactérias, tiveram, respectivamente, prevalência de 7,3% e 3,3% entre as pacientes.

Desse modo, alerta o Ministério, a melhor forma de prevenção ao HPV e às demais doenças sexualmente transmissíveis continua sendo o uso do preservativo, que evita ainda a gravidez não planejada. Então, não se esqueça: curta plenamente seu Carnaval, mas não se esqueça da camisinha como sua grande companhia!

Camisinha é o único meio de prevenção eficaz contra DSTs.