04/11/2017 - Profilaxia Antirrábica
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A raiva, ou hidrofobia, é uma doença viral causada por um RNA vírus do gênero Lyssavirus, transmitida via mordedura, lambida ou arranhadura de um animal infectado. O contato com a urina, fezes ou sangue desses indivíduos, embora menos frequentes, são outras formas de contágio, sendo o período de incubação compreendido entre um mês e um ano após a exposição. Apesar de ser associada a cães de rua, a raiva pode ser transmitida por diversos outros mamíferos, como morcegos e macacos, tanto urbanos quanto selvagens.
A doença é caracterizada por sintomas decorrentes da proliferação do vírus no sistema nervoso do indivíduo afetado, via corrente sanguínea. Assim, agressividade, ansiedade, confusão mental, espasmos musculares e convulsões são alguns de seus sintomas. Como a região muscular da orofaringe fica comprometida, a deglutição passa a ser uma tarefa difícil.
Características do Agravo
Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. A transmissão para o homem se dá pela inoculação do vírus da raiva, contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura.
Cuidados Gerais
Além da avaliação do caso, por profissionais capacitados nas unidades de atenção primária para indicação de conduta pertinente, existem orientações gerais que devem ser prestadas em qualquer unidade:
• Lavar imediatamente o ferimento com água corrente, sabão ou outro detergente. A seguir, devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (polivinilpirrolidona-iodo, por exemplo, povidine ou digluconato de clorexidina ou álcool-iodado). Essas substâncias deverão ser utilizadas uma única vez, na primeira consulta. Posteriormente, lavar a região com solução fisiológica.
• Havendo contaminação de mucosa com saliva, outras secreções ou tecidos internos de animal suspeito de ter raiva, a área atingida deve ser lavada com solução fisiológica ou água corrente.
• Nos casos de contato indireto por meio de objetos ou utensílios contaminados com secreções de animais suspeitos, ou de lambedura da pele íntegra por animal suspeito, recomenda-se lavar o local com água e sabão, mas não está indicada a profilaxia com imunobiológicos. Nesses casos, o indivíduo deverá ser estimulado a procurar um Polo de 1º Atendimento Antirrábico, para demais orientações.
• Não é recomendada a sutura do(s) ferimento(s). Quando for absolutamente necessário, aproximar as bordas com pontos isolados.
• Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado ou esteja com o esquema vacinal incompleto) e usar antibióticos nos casos indicados, após avaliação médica.
• Após os primeiros cuidados, encaminhar o paciente a uma unidade para a realização da avaliação do caso e indicação do esquema profilático com base na agressão.
• O soro antirrábico só poderá ser aplicado com a apresentação da prescrição realizada pela unidade que acolheu o paciente. Ele só pode ser administrado em ambiente hospitalar.
Imunização
A avaliação do caso para indicação da conduta deve ser realizada por profissional de saúde devidamente capacitado. Todas as unidades de atenção primária possuem profissionais aptos a avaliar e indicar conduta pertinente com uso da vacina e do soro quando forem necessários. Nos casos em que estes estiverem indicados o usuário poderá realizar a aplicação de Soro /Vacina nas unidades abaixo:
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