sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes.


27.10.2012 Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes.


Uma das doenças genéticas mais comuns é quase uma desconhecida para milhões de brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 mil bebês nascem com a Doença Falciforme a cada ano. Outras 200 mil nascem com o traço falciforme, gene que pode transmitir a doença para as próximas gerações. No Brasil , dados do Ministério da Saúde mostram que 3,5 mil crianças nascem com a doença a cada ano.

Originalmente, a doença foi herdada da África e tem prevalência de incidência na população de afrodescendente. Os portadores das DoençasFalciformes produzem dentro dos glóbulos vermelhos e hemácias a hemoglobina S (HBSS), ao invés da hemoglobina (HB) A. A má-formação enrijece as hemoglobinas, provocando muitas dores.

A doença é resultante de alteração genética caracterizada pela presença de um tipo anormal de hemoglobina denominada Hemoglobina S (HbS). Esta faz com que as hemácias adquiram uma forma de foice ou meia-lua, dificultando a circulação e provocando obstrução vascular. “As hemácias dos portadores da doença são rígidas, o que pode lesionar os pequenos vasos e artérias”, explica o médico hematologista do Hospital Santa Luzia, Paulo Henrique Soares. “Em alguns casos o tecido lesionado está no pulmão, causando falta de ar”, completa Soares.

A dificuldade na circulação do sangue pode ocasionar lesão nos órgãos, causando destruição de glóbulos vermelhos. Segundo o especialista, as pequenas lesões podem virar necroses e até causar AVC. A forma mais grave da doença ocorre quando a criança herda de ambos os pais o gene, denominada Anemia Falciforme ou Drepanocitose (HbSS), o tipo é o mais frequente.

Há casos em que o indivíduo recebe de um dos pais o gene da hemoglobina A e de outro o gene da hemoglobina S. Estes são chamados de traço falciforme. Sendo assim, o indivíduo não apresenta sintomas da doença, mas é capaz de transmiti-la, se tiver filhos com outro indivíduo com o gene da hemoglobina S. “Para saber se há possibilidade de um filho nascer com a doença, os futuros pais devem fazer o exame pré-nupcial” alerta o hematologista. O exame é capaz de identificar se há na herança genética a possibilidade da criança nascer com Doença Falciforme.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que 4% da população brasileira tenha o traço falciforme (heterozigose simples). No entanto, cerca de 50 mil possuem a doença. Entre eles, os sintomas mais comuns são a rápida destruição dos glóbulos vermelhos (Anemia Crônica), a cor amarelada na pele e nos olhos, inchaços nos punhos e tornozelos, dor aguda nos ossos, músculos e articulações.

O diagnóstico precoce e a vacinação são as melhores formas de tratamento. Entre eles, o “Teste do Pezinho”, exame feito na primeira semana de vida do recém-nascido. “Já o tratamento requer cuidados especiais. Entre as dificuldades, os portadoras precisam de uma dieta alimentar, controlar os exercícios físicos e tomar medicamentos”, enfatiza Soares.

Já a cura ocorre após o transplante de medula óssea, onde são produzidas as hemácias. “Há casos em que o transplante é o mais recomendado, por exemplo, quando a criança apresenta crises agudas constantes”, explica o médico. Já para os portadores que tem crises esporádicas, é necessário fazer tratamento medicamentoso para prevení-las.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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