quarta-feira, 8 de março de 2017

08/03/2017 - Dia Internacional da Mulher

 


Hoje comemora-se o dia Internacional da Mulher, e deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países. A data é resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.

O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.

- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).


Por muito tempo, muito tempo mesmo, ser mulher era sinônimo de não ter direitos. Elas não podiam estudar, trabalhar, votar ou se interessar por qualquer assunto que não fosse cuidar de filhos e fazer enxoval. Só para você ter ideia, na Idade Média, muitos homens removiam o próprio testículo esquerdo, na certeza de que apenas o direito produzia espermatozoides capazes de gerar um filho homem. Felizmente, algumas coisas já mudaram nesse sentido na maior parte do mundo, por mais que muitas mulheres ainda sejam reprimidas e violentadas apenas por causa de seu gênero. A seguir, conheça uma lista de grandes mulheres que deixaram importantes contribuições sociais, culturais e científicas à humanidade.
1 – Marie Curie
É impossível estudar química e física sem falar de Marie Curie, a polonesa que ficou famosa graças às suas pesquisas sobre radioatividade. Vale lembrar também que essa mulher conseguiu a proeza de ganhar o cobiçado Prêmio Nobel – duas vezes.

2 – Malala Yousafzai
Você provavelmente já ouviu falar da Malala, a garota paquistanesa que é também a pessoa mais jovem a ser contemplada com um Prêmio Nobel. Por sua luta pelos direitos das mulheres à educação e pelo símbolo de força e resistência que se tornou, devido à sua experiência pessoal (ela levou um tiro na cabeça quando tinha apenas 14 anos), Malala, que hoje tem 18 anos, mais do que merece estar nessa lista.

3 – Kathrine Switzer
Ela foi a primeira mulher a participar da famosa Maratona de Boston, em 1967. Na imagem acima você pode ver o momento em que homens da organização do evento, quando viram que uma mulher estava participando, tentaram impedi-la de correr.

4 – Margaret Heafield
Ela trabalhou como diretora de engenharia de software para a NASA. Basicamente, foi uma das responsáveis pelo Projeto Apollo, um dos mais importantes da agência espacial.

5 – Valentina Tereshkova
Essa russa foi a primeira mulher a viajar para o espaço, em 1963, na missão Vostok VI.

6 – Onna-Bugeisha, a mulher samurai
Onna-Bugeisha era o nome pelo qual eram chamadas as guerreiras samurais 
do Japão Feudal, no final do século 19.

7 – Amelia Earhart
Amelia foi a primeira mulher a fazer um voo solo sobre o oceano Atlântico, em 1928.

8 – Komako Kimura
Essa mulher sufragista lutou pelo direito das mulheres ao voto e participou também da marcha realizada em Nova York, em outubro de 1917.

9 – Eliza Leonida Zamfirescu
Ela foi a primeira mulher engenheira da História.

10 – Rosa Parks
Eis um nome importantíssimo na luta por direitos humanos. O nome de Rosa é comumente citado quando falamos em ativistas que lutaram contra a segregação racial – ela é conhecida por se negar a dar seu lugar no ônibus para um homem branco.

11 – Sofia Ionescu-Ogrezeanu
Essa mulher romena foi a primeira neurocientista e neurocirurgiã do mundo.

12 – Anne Frank
A escritora judia fez um brilhante e extremamente triste retrato de sua família, que precisou se esconder de nazistas, e você provavelmente já ouviu falar sobre ela.

13 – A protetora
Essa mulher foi fotografada em 1990, na Armênia, quando protegia sua casa com um rifle. Na época da foto, ela tinha 106 anos.

14 – Nadia Comaneci
Essa atleta foi a primeira mulher a conseguir nota 10 em ginástica olímpica durante os Jogos Olímpicos.

15 – Maud Stevens Wagner
Ela foi a primeira tatuadora de quem se tem registro nos EUA, em 1907.

16 – Mary Winsor
Numa imagem, feita em 1917, ela aparece segurando um cartaz com os dizeres: “Pedir liberdade para as mulheres não é um crime. Prisioneiras sufragistas não deveriam ser tratadas como criminosas”.

17 – Annette Kellerman
Por propor que mulheres usassem uma roupa como ela está usando na imagem acima para irem à praia ou à piscina, em 1907, ela foi presa acusada de “indecência”.

18 – Bertha Von Suttner
Ela foi a primeira mulher ativista a receber um Nobel da Paz.

19 – Suu Kyi
Essa mulher foi obrigada a cumprir prisão domiciliar por 15 anos. O motivo? Ela fez uma campanha pró-democracia.

20 – Nísia Floresta Augusta
Nísia foi a primeira brasileira a lutar pela emancipação feminina. É considerada precursora do feminismo no país, sendo também reconhecida por seu empenho em alfabetizar meninas e mulheres. Nísia Floresta também foi uma das primeiras mulheres a publicar artigos em jornais brasileiros, além de ter sido a tradutora do manifesto feminista de Mary Wollstonecraft, “Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens”.

21 – Maria Lacerda de Moura
Se hoje debatemos questões sobre maternidade consciente, amor livre e o direito da mulher ao amor, podemos agradecer Maria Lacerda de Moura, uma brasileira de Minas Gerais. Dedicada a causas sociais, ela também atuou como educadora tanto em Minas quanto em São Paulo e trabalhou para a imprensa anarquista nacional e internacional.

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